segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Bolsa Atleta 2016

Em apreciação desde a última semana na Câmara de Vereadores de Florianópolis o projeto de lei para a criação do Bolsa Atleta, elaborado pela Fundação Municipal de Esporte. O secretário da entidade, Dilnei Bittencourt, teve auxílio de treinadores de diversas modalidades para estipular os critérios de seleção e valores investidos no fomento do esporte. 

Se aprovado ainda neste ano, o projeto deve dar uma ajuda de custo a até cem atletas em 2016. “Assim que a Lei for homologada, em uma semana teremos tudo pronto. Temos o histórico de medalhas, o ranking deste ano, que não acabou, mas podemos fazer tudo em tempo hábil, sim”, informou o dirigente.


Carateca Douglas Brose é árduo defensor do Bolsa Atleta



Segundo Bittencourt, Florianópolis continua formando atletas de alto nível, mas os perde para outras cidades como Blumenau, Criciúma, Joinville e a vizinha São José, por “R$ 200 ou R$ 300 a mais”. Por este motivo que a implantação do projeto de lei é urgente. Os valores estão fixados entre R$ 500 e R$ 3 mil, divididos por categoria e idade. Treinadores, guias, auxiliares técnicos e paratletas também teriam direito ao benefício.

“Nossa luta é que o projeto seja aprovado na íntegra, sem emendas com interesses pontuais e políticos. É a lei do mérito. Estamos atrasados uns dez anos na legislação. A lei de Blumenau é de 2005. Estamos carentes de referências. Será um espelho para as crianças”, afirmou o secretário da Fundação.

A Fundação Municipal de Esportes auxiliar os atletas hoje através de convênios. Os projetos estão mantidos, garantiu Bittencourt. O carateca Douglas Brose, campeão dos jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, e duas vezes melhor do mundo, está fazendo campanha nas redes sociais para pressionar as autoridades a votarem a favor do Bolsa Atleta. 

“Hoje as associações fazem os projetos para montar equipe, pedem um valor X e distribuem de acordo como querem. O Bolsa Atleta simplifica o processo de recebimento e os valores são proporcionais aos seus resultados. Isso motiva a buscar sempre o melhor resultado e aumentar a sua bolsa”, falou Brose, que recebe o Bolsa Atleta do Governo Federal.

Experiência de sucesso em Joinville 

A partir de 2009, desde aspirantes a atletas, que competem nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, até promessas olímpicas, como Tamiris de Liz, são tratados pela Felej (Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville) de forma igual. Aqueles que têm talento para alguma modalidade podem se candidatar ao programa Bolsa Atleta, que paga de R$ 100 a R$ 2 mil para ajudar nos treinamentos. 

Os treinadores também fazem parte do processo. “Os técnicos que indicam os atletas de potencial. Eles fazem a seleção e a nossa comissão de recrutamento, que têm cinco membros, defere ou não os pedidos. São 350 beneficiados”, explicou o diretor-presidente da Felej, Fernando Krelling.



Tamiris de Liz sonha com uma vaga nas Olimpíadas de 2016



Para Krelling, os maiores beneficiados com o auxílio são os atletas de base. Apesar de o valor poder ser considerado irrisório, faz com que muitos deles continuem em treinamento. Os resultados também melhoraram nos últimos anos com o apoio aos desportistas. 

“O Bolsa Atleta é uma ajuda de custo. O município não pode comprar uma sapatilha de atletismo. Melhorou muito. O atleta recebe direto na sua conta e pode comprar uma raquete melhor, competir mais e treinar em outro nível. Vemos muito mais resultado. Para a base é fundamental, é um investimento. É a certeza de que, se ele ganha R$ 200, ele sabe que no dia 10 terá R$ 200 para gastar no esporte que ele pratica”, concluiu.

http://m.ndonline.com.br/florianopolis/esportes/291404-florianopolis-pode-ter-programa-bolsa-atleta-em-2016.html

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